A protagonista da história , a Natalie, é uma menina culta, inteligente, independente, mas na minha opinião um pouco reprimida . Nada no mundo importa mais para ela do que ser a presidente do conselho estudantil , ter sua foto no "hall da fama" dos antigos presidentes do conselho e proteger suas duas amigas do mal que é ser uma menina vulgar . A autora , com muita sabedoria, consegue abordar os principais paradigmas da adolescência, tais como, a diferença do comportamento "ideal"
Mas quando finalmente chega a fase de veterana, pronta para brigar pela presidência e arrebentar na prova do SAT, ela "conhece" Spencer, uma menina totalmente contrária a tudo o que ela pregava, uma menina que gostava de ser sensual , gostava de mostrar o que pensava sem se sentir vulgar com isso . Pelo fato de Natalie já ter sido sua babá, ela se senti no dever de ensiná-la o que é certo e o que é errado, mas logo ela percebe que a linha entre o que é certo e o que é errado foi distorcida, e aprende muito com Spencer, tal como saber que se sentir bem deve ser a prioridade, independente da imagem imaculada que todos esperam dela .
O que mais me prendeu nesse livro foi ver a protagonista ter as melhores atitudes possíveis as piores atitudes possíveis, se confundir com tudo , e no final perceber que ser lembrada pelos outros como "a menina perfeita" não é o que a tornaria feliz , mas ser ela mesma, a garota que ela nunca conseguiu ser. Uma menina inteligente e madura sim , mas mais do que tudo , uma adolescente com amigos , dúvidas, namorado , e sem se preocupar com que forma seria lembrada, apenas ser lembrada e saber que viveu o que queria viver, isso sim a tornou feliz.
Não me importava nem um pouco com a forma com que seria lembrada. Contanto que nunca esquecessem P. 248

