Estava cansada de sua vida, o mundo parecia querer lhe esmagar, era uma mulher no corpo de uma menina. Ela queria fugir de tudo, de todos, então ela foi para um velho teatro abandonado com seu aparelho de som, subiu no palco, ligou o som e começou a dançar . Seus passos eram leves, seus gestos expressivos. Com seus olhos fechados ela imaginava estar em uma floresta, era de dia, o sol expunha seus raios por entre as arvores, e ela dançava, se sentia livre e feliz. De repente a floresta ficou escura, ficou sombria, ela ainda dançava, mas estava com medo, seus gestos eram mais pesados e amedrontados, ela dançava correndo, como se algo a perseguisse. Seus olhos já estavam encharcados de lagrimas, e seu rosto molhado e soado.
“Cadê a luz, cadê? “ , “socorro, me salva”, gritava ela, enquanto corria e dançava, mas chegou uma hora em que o cansaço bateu, ela então se sentou com as pernas encolhidas e fechou os olhos, quando abriu- os novamente ela estava no teatro de novo.
Ela avistou um vulto em meio a escuridão. “ Quem está ai ?”, perguntou ela. “Sou eu, eu estou aqui.” Ela não reconhecia a voz, quando ela o viu se aproximando, era um garoto. Mais ou menos da sua idade, e ele era lindo, seu semblante demonstrava confiança e doçura .
Ele se aproximou, levantou ela pelas mãos e disse “ Sou eu, eu estou aqui, e irei te proteger”. Abraçou-a, seus medos sumiram , e então.. eu acordei.
... Foi um sonho.
MA-RA-VI-LHO-SO! Não tem nem o que comentar.
ResponderExcluirLindo texto, belíssimas palavras.
Sou suspeita para te elogiar, mas parabéns Carol, seus textos envolvem quem os leem.
Julia Vital