domingo, 22 de maio de 2011

O homem que não tem a música dentro de si e que não se emociona com um concerto de doces acordes é capaz de traições, de conjuras e de rapinas.
                                                                                  •William Shakespeare


sábado, 21 de maio de 2011

Inspirador de suspiros

    Sorrisos involuntários, risadas sem sentido, olhares brilhantes, pensamentos distantes, constantes distrações. Na boca um sorriso, no nariz somente um cheiro, no ouvido uma musica, nos olhos, uma esperança de um futuro ao lado do causador do sorriso, dono do cheiro e inspirador dessa musica.
Terei eu o desprazer de um dia sofrer com a falta dessas sensações? Com a dor das lembranças boas e irreversíveis? Com o vazio proporcionado pela escuridão que é sem o brilho de seu olhar. Diga-me a formula para que isso dure por toda a eternidade. Para que já não me importe com o tempo, mas com cada instante ao seu lado.
    Algumas pessoas dizem para eu ir com calma, outras para eu ir fundo, alguns não querem que eu me desiluda, ou sofra, mas tem gente que realmente acredita nessa relação, e diz que eu finalmente achei alguém para fazer com que eu me contradiga. E agora eu quero que isso dure enquanto o sopro da vida não me abandonar.
    Dramática? Não, verdadeira. Não vou me fazer de indiferente, pois eu não me sinto indiferente a isso, ao contrario, cada suspiro que eu do é por isso e é um suspiro que estremece meu ser, tanto corpo, quanto alma.
    “E meu coração já não me pertence mais”, disse William Shakespeare. Uma frase que eu por tantas vezes discriminei, julguei ser errada, mas que de repente comecei a entender e a sentir o verdadeiro significado dessa frase. 

And never say goodbye ♫

     Na nossa vida sempre temos que lidar com a palavra adeus, algumas pessoas, ao saírem não causam efeito algum, mas em outros casos dói como um punhal atravessando nossa carne. Por que esse efeito? Por que temos que lidar com a perda? Seja de um amigo que se muda para longe, de uma professora que sai da sua escola, ou até coisas piores, como a morte de alguém muito precioso em nossas vidas.
     Nesse assunto eu costumo usar muito aquela frase, “só damos valor quando perdemos”, porque nesse contexto está completamente certo, pois no caso da minha tia Irene por exemplo, como eu convivia diariamente com ela, era algo natural estar com ela, eu não valorizava o suficiente sua presença, mas agora, que mesmo querendo ou não, eu não posso tê-la ao meu lado novamente, por isso valorizo cada palavra que ela já me disso e uso como uma lição de vida para que eu continue sendo guiada por ela.
     Queria que cada adeus pudesse soar como um “ola”, amenizando nossa dor e consolando nosso coração. Que pudéssemos entender que todo mudança tem seu lado positivo e agradável, e não citar essas palavras de “foi melhor assim”, hipocritamente, sem senti-las, como eu agora no fim do texto acabo de fazer.


quinta-feira, 19 de maio de 2011

Pena.

    Costumo me sentir mal com a dor das pessoas, mesmo que não seja alguém próximo . Pois é, é um defeito muito grande, sentir pena alheia. Mesmo assim, eu me acho um pouco egoísta, porque em alguns casos escolho minha felicidade ao invés da felicidade do próximo, é ruim saber que existem três pessoas que sofrem com a minha felicidade, que me vêem como algo que não consegue ser recíproco da minha parte.
      Como será a dor de querer  uma pessoa ao seu lado e vê-la ao lado de outra e não poder fazer nada, ou poder e não conseguir por covardia. Dever ser árduo, saber que a pessoa dos seus sonhos é a mesma do seu pesadelo real. Mas eu acho que com o tempo você supera, você deve perceber que não da mais, ou que é uma luta suicida. O pior é quando mesmo depois de anos a pessoa ainda acha que tem chance,ela vê a felicidade da pessoa amada com outro, e mesmo assim persiste em tentar.
          Quer saber algo que me parte o coração ? A pessoa te olhar, mostrar um sorriso meio sem graça e depois olhar para baixo. Existe algum gesto que de mais dó do que esse? Cada vez que isso me ocorre eu me sinto dominada pela culpa, mas o que eu poderia fazer? Abrir Mao de uma das minhas maiores felicidades para aliviar o peso na consciência? Não eu não farei isso, seria muita leviandade da minha parte, visto que eu não quero abrir mao do que eu tenho por nada, nem ninguém. Agora que experimentei o sabor de um olhar sincero, e um abraço aconchegante, não vou voltar para sorrisos falsos e vazio interno.

domingo, 8 de maio de 2011

Untitled

       Começa com uma sensação diferente no lado esquerdo do peito, como se fosse um aperto no coração. Depois vai para a minha barriga, como se eu tivesse enjoada, ai minha cabeça começa a doer, minha boca parece estar com cola, pois ela não abre com tanta facilidade. Minha perda treme, meus braços ficam falhos e por ultimo, fico com uma enorme vontade de chorar, mas não consigo derramar nenhuma lagrima.
       Do que eu estou falando? Do sentimento de angustia que eu sinto as vezes e comento sobre ele aqui. Eu só quis que vocês tivessem uma idéia do que é essa sensação tão ruim, que acaba com minhas noites, me faz ficar preocupadas com coisas que eu não deveria me preocupar... De vez em quando parece que seria melhor morrer do que me sentir assim desse jeito, pois quando estou assim me sinto um lixo, como se eu estivesse sozinha no mundo, me sinto uma decepção para todos a minha volta, como se não houvesse uma razão significativa para minha existência.
      Será que eu faço algo de útil para a humanidade? Será mesmo que eu não passo de algo inútil, que só serve para atrapalhar a vida das pessoas e ser motivo de risos? Sinceramente nesse momento eu só me sinto importante para duas pessoas, para o meu namorado e para minha melhor amiga, o resto parece que não me vê como algo essencial, mas se eu mesmo não me vejo assim, não vejo motivos para ficar chateadas com eles por isso.
    Termino meu texto por aqui, sem ter mais o que escrever, pois até para escrever que o que eu mais gosto de fazer esta difícil, parece que nem para isso eu sirvo mais, assim restrinjo meu ser ao sorriso falso de todos os dias, e a alma corroída.