domingo, 21 de novembro de 2010

Mary Anne Rose - parte 3


Apoiando a menina ao andar, ele a leva pela floresta até uma casa perto de uma estrada. Ele abre a porta, ah leva até o sofá e ajuda a menina a se sentar.
- Pelo menos por essa noite, você fica aqui ta? – disse o menino sorrindo e preocupado – já está tarde para você ir a qualquer lugar.
- Se não for te incomodar , mas logo cedo tenho que ir embora. – O menino assentiu e a menina ficou feliz pela hospitalidade do menino, e ela começou a achar que estava sendo amada pelo menino.
- Vou pegar algo para você comer e beber, já volto – ele piscou para a menina, e o coração dela acelerou de uma forma inexplicável.
Finalmente ela achou que alguém realmente se importava com ela, os olhos dela brilhavam, tudo de ruim que tinha acontecido antes na vida dela, não importava mais, porque aquilo supriu todas as suas insatisfações, ela mal podia acreditar.
- Toma, come tudo, você parece um pouco fraca- ele deu o prato na mão dela , e colocou o copo com suco em cima de uma mesinha a sua frente e ficou olhando para o nada, enquanto ela comia – O que você estava fazendo sozinha na floresta?
- Eu não sei bem, coisas que eu imaginei ser impossíveis ocorreram hoje comigo, cai de um penhasco, quase morri afogada...
- Que vida agitada hein – ele voltou seus olhos para ela – Mas agora você esta segura aqui, você quer que eu te leve em casa amanhã cedo? Para você não correr mais nenhum risco.
- Na verdade, eu não vou voltar para casa.
- Para onde você vai ?
- Sei la, eu agora sou independente, vou viver minha vida andando por ai, vou ver se na próxima cidade eu acho algo para eu fazer.
- Você não acha que é muito nova para isso não? Seus pais ficarao preocupados.
- Minha mãe vai ficar melhor sem mim, e ela pode consolar meu pai, eu atrapalho bem menos a vida deles assim. Afinal, sou só mais uma desajeitada, idiota, burra, feia, gorda, metida e antipática.
- Você não acha que se cobra demais não ? E eu acho que você não é nada disso, talvez um pouco metida. – eles riram
Ela não queria estar em lugar nenhum alem dali, ela finalmente encontrou alguém que a entendia, e eles ficaram conversando quase a noite toda, os dois juntos era tão fofo, ela ria das piadas sem graça dele, ele gostava das implicâncias dela, e assim, nasceu uma amizade.

4 comentários:

  1. Que lindo ! Você ainda disse que estava sem graça... Eu adorei essa parte... Esse foi o primeiro contato (real) entre eles... LINDO!

    Quero continuar lendo essa história... Bj!

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