sábado, 6 de novembro de 2010

Mary Anne Rose



Ela corria incansavelmente, mas aquele corredor nunca acabava, era tão escuro e tão frio, de repente ela tropeça e sente que tem algo vindo em sua direção, ela levanta rápido sem olhar muito para trás, e de repente consegue ver uma luz ao fim do túnel, ela corre mais rápido e se joga na luz sem pensar. Então a pobre menina tinha caído em um abismo, e ela chorava e gritava, enquanto continuava caindo, mas de repente ela sente um abraço muito aconchegante, parecia que mesmo enquanto ela caia tinha algo que a consolava, mas ela percebeu que isso era apenas um fruto de sua imaginação.

A menina caiu dentro de um rio gelado e escuro, por mais que seus olhos estivessem abertos ela não conseguia enxergar nada, apenas vultos que pareciam que a rodeava , tentando subir, ela começou a nadar, mas algo a puxava para baixo sem ao menos encostar nela, mas a menina não desistiu, tentou manter a calma e continuou fazendo força para subir, ateh que finalmente ela subiu e respirou profundamente, talvez ela não tivesse agüentado mais, mas ela conseguiu suportar, com medo de que algo acontecesse de novo a ela, ela nadou até a borda , subiu na terra rápido , e se deitou sobre a grama verde. Olhou para o céu , ele estava tão azul, tão bonito, que ela podia ficar ali por horas olhando para ele , mas ela acabou pegando no sono, afinal ela tinha sofrido tanto a alguns minutos atrás , que estava exausta .
O rosto da menina já não era mais o mesmo, estava com olheiras, sua bochecha rosada estava pálida, seus lindos cabelos encaracolados, estavam bagunçados , e seu tão belo vestido azul estava rasgado e sujo. Aquela menina, tão pequena, tão sensível, já tinha passado por tanta coisa e ninguém sabia, ela preferia guardar suas aventuras para si, ela preferia se afastar das pessoas do que ver as pessoas sentindo pena dela, ou tentando aconselhá-la de maneiras variadas. Essa menina era mais do que uma simples menina, ela sofria como uma adulta, apesar de ainda ter a pureza de uma criança, ela sofria sem reclamar, a solidão era sua melhor amiga.
Era sempre assim, sempre que ela pensava que estava tudo bem, vinha uma onda de tristeza e caía de novo sobre ela, então ela preferia assim, queria estar só, ela não queria que ninguém sofresse por causa dela, ela não queria trazer a infelicidade de ninguém, afinal ela sabia o quanto ela sofria.
- Sou Mary Anne Rose, nasci para sofrer e lutar.

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